segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Encontro nas sombras



 O cenário gótico e fúnebre do cemitério municipal é o local do encontro. Victor chega pontualmente como de seu feitio, e espera que a garota que marcou o tal encontro não se demore. Como de costume ele trajava camisa e calça social pretas, mergulhado em sombras era quase invisível para olhos desavisados, com um cigarro na boca o jovem espera mergulhado em pensamentos, porem atento.
            - Porque ela pediria pra que eu a encontra-se aqui? – Pensa alto o garoto após tirar um trago de seu cigarro, deixando assim com que algumas baforadas escapem. – Será que ela conseguiu o que queria com outro? – Pensando isso balança a cabeça de forma a censurar suas ideias. – Não. Deve ter feito isso apenas para me impressionar. Ninguém seria idiota o suficiente para romper com uma das tradições. – Após dizer isso para si mesmo cala-se imediatamente ao escutar alguma coisa ao longe.
            Audição apurada dos vampiros lhe permitia ouvir perfeitamente qualquer ruído a dezenas de metros de onde ele estava. Uma sutil fragrância acobreada dançou em poucos segundo diante dele, o inconfundível cheiro de sangue comprovou a morte do Sr. Mendez o guarda do cemitério.


            “Quem está aqui não veio para brincar” conclui redobrando sua atenção em direção de onde vinha o assassino do velho desafortunado. Depois de um longo tempo em um assombroso silencio que era quebrado apensa pelas folhas das arvores que dançavam ao vento passos iniciaram uma caminhada cautelosa em direção a ele, a cada passo em que a pessoa misteriosa se aproximava, Victor apesar da aparente calma estava nervoso e já se colocara em prontidão, afinal mesmo alguém com o status dele poderia ser abatido facilmente se for pego desprevenido. A sua silhueta já podia ser vista em movimento em meio às sombras que as arvores faziam, até que ela finalmente se revela para fora e deixa que a claridade da lua revele seu rosto.
            - Bianca! – Com um ar de assombro Victor reconhece a amiga.
            - Victor?! – Bianca o caça com os olhos em meio às sombras das arvores e mausoléus – Já esta aqui? Quero dizer, desculpe por me atrasar, tive alguns imprevistos.
            - Como o coveiro agora pouco?
            Bianca fica em silencio, era evidente que Victor já percebera do que se tratava e não demonstrava satisfação em sua voz.
            - Como pode Bia? Quem te deu o abraço?
            - Vic, eu disse pra você que eu poderia ser uma de vocês, foi tudo culpa minha, eu o seduzi...
            - Fez isso pra provar pra mim que você tem qualidades para ser vampira?
            - Sim, já que você não quis me transformar, porque me julgou incapaz de viver como uma vampira.
            - E não é! – Victor assume um semblante frio e de imponência, e vira-se de costas para sua bela amiga, retira mais um cigarro do maço, acende e depois de soltar uma nuvem que se desfaz ao colidir em seu rosto continua. – Eu disse para você que você não tem malicia para ser uma de nos, te avisei e tentei te manter longe desse mundo em nome de nossa amizade, mais você foi cabeça dura Bia, você não vai viver muito tempo nesse mundo.
            - Eu vou sim Vic e vou provar para você...
            Victor se vira de forma brusca retirando o cigarro da boca, seus olhos estavam branco brilhante como a lua cheia que clareava o céu, e duas grandes presas se mostravam em sua boca quando ele dizia:
            - Você é uma tola Bianca! Você não vai viver por muito tempo, as leis entre nos são cruéis, e vou te provar isso.
            - Vai me matar? – Pergunta Bianca de modo a por a prova a amizade de anos entre os dois.
            - É o meu dever. Tanto você, como o imbecil do seu senhor. Mas vou te provar que não tem capacidade de viver muito tempo.
            - Como? – Novamente Bianca afronta Victor como se o desafia-se a esquecer quem ela era, e a mata-la.
            - Sabe lutar? – Pergunta Victor retirando o seu ultimo trago de cabeça baixa e jogando fora o cigarro ainda pela metade.
            Bianca nota que Victor voltou a tomar uma postura mais fria e imponente, o que a deixava desconfortável, não parecia ser seu amigo.
            - Do que esta falando? Você sabe que não.
            - Deveria. – Victor levanta seus olhos de modo a encara-la. – Primeiro teste Bianca.

            Victor corre para cima de sua amiga e desfere um soco certeiro em seu lindo rosto, a garota cai no chão com muita facilidade e assustada com a situação, ela se arrasta no chão de costas para se afastar de seu agressor que mais parecia estar dominado por uma outra pessoa.
            - Vamos Bianca, Lute.
            - Porque está fazendo isso Vic? – As lagrimas rubras começam a escorrer pela face da jovem. Com uma velocidade impressionante Victor se aproxima dela e a pega pela pescoço no chão, levanta e a suspende com apenas um braço. Os dedos do vampiro machucavam muito, ela sentia o sangue de seu pescoço escorrer aos poucos a cada vez que ele apertava-os contra a pela lisa e sensível de seu pescoço.
            - Você é fraca Bianca! – Dizendo isso como um grito abafado, reprimido o vampiro arremessa a garota no ar que aterrissa em uma lapide partindo-a em alguns pedaços. Do meio da nuvem de poeira que se ergueu alguns gemidos de dor misturados com choros desenfreados.
            - Para Vic. Por favor, me desculpe!
            - Porque fez isso Bia? Porque me desobedeceu? – Agachado ali perto dela, Victor parecia ter voltado ao normal, ser o amigo que Bianca conheceu no 4º ano da escola. – Porque me afrontou? Quando eu disse que eu não queria essa vida para você é porque eu sabia o que eu estava dizendo.
            - Me perdoe Vic. – Bianca se arrasta para os braços de seu amigo. – Me perdoe, eu só queria te provar que eu tinha competência, mais eu queria ser transformada por você Vic.
            - Mais agora já esta feito, agora me diga Bia, quem te deu o abraço? – Ele ergue pelo queixo o rosto de Bianca com ternura e com muita delicadeza.
            - Henrique. – Responde ela prontamente, cedendo à compaixão que Victor lhe transmitia pelo olhar.
            - Muito obrigado! – Agradece ele agora esboçando um sorriso sádico e com um olhar que acendia-se uma chama de maldade. – Matarei o imbecil por desobedecer as leis. E como havia lhe dito, você não tem malicia para viver nesse mundo, não conseguiu nem ao menos poupar a vida de quem lhe fez um favor. Ele vai morrer e a culpa é sua Bianca.
            A garota fica ainda mais pálida, diante da mudança que presenciou de Victor, era como se houve-se dois dele num só corpo, de personalidades completamente diferente, ou Victor era um vampiro dês do seu nascimento.
            - A propósito. – o jovem que estava partindo atrás de sua caça, para e vira-se para dar um recado que havia esquecido. – Aqui, nesta cidade, não sou mais um simples amigo seu, sou o príncipe. Portanto cuidado com as leis, se não terei que fazer o mesmo com você o que irei fazer com Henrique. Com relação à sua etiqueta, eu cuidarei disso mais tarde, veremos se tem como fazer de você uma vampira.
            Com um sorriso diabólico no rosto Victor é engolido pela escuridão do cemitério. Bianca ali parada, com ferimentos de garras no pescoço escorria sangue. Ela se levanta com alguma dificuldade, se escorando no resto das lapides que sobrara depois do príncipe ter quebrado elas com suas costas. Perguntas como: o que quer dizer príncipe? Porque Victor se transformou naquele monstro? O que seria dela a partir dali? Surgiam em sua cabeça com freqüência. A resposta, ninguém sabe, somente Deus, isso se ele existir. O que resta para mim? Pergunta-se Bianca, “Agora... apenas sangue e sombras!”

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Deuses Americanos

Sejam bem vindos novamente à minha humilde toca!!

Durante esse tempo de ócio (#sqn) posso dizer que terminei de ler um dos livros mais fantásticos dos quais já tive em mãos.

Deuses Americanos de Neil Gaiman.


Como de costume, vamos falar um pouco de Gaiman antes de falarmos sobre o seu livro. Pretendo não entrar em detalhes sobre Gaiman nesse momento (acho complicado) pois pretendo postar outras obras do autor ainda, pois ainda pretendo ler muitas de suas obras.

Nasceu no dia 10 de Novembro de 1960 na cidade de Portchester é um renomado escritor e roteirista de histórias em quadrinhos (HQ´s), vivem muito bem casado (diga-se de passagem) com Amanda Palmer em Minneapolis - Estados Unidos. O mais interessante de Gaiman é que seu estilo literário (será que todos os roteiristas de HQ´s são assim, como Alan Moore?) não se limita apenas nas páginas de seu trabalho, mas em toda sua vida, o cachorro não é dos mais típicos e raramente se vê o autor usando uma cor de roupa que não seja preta, isso é, se ele usa roupa que não seja dessa cor.
Gaiman tem um estilo muito particular e marcante que é a fantasia moderna com uma temperada obscura, que na minha humilde opinião faz de seus trabalhos verdadeiras obras de arte. Não irei me estender muito sobre o mesmo e suas obras pois irei falar de mais livros e HQ´s suas pois ainda estão na lista.

P.S.: o livro de RPG Changeling os autores fazem uma homenagem à Gaiman.


Ele já escreveu vários livros e HQ´s sendo Sandman a mais aclamada. Que não é por menos, já li algumas e é algo sem igual e já foi confirmado pela Warners que será adaptada para filme. - estou ansioso.

Agora vamos falar sobre Deuses Americanos, obra de Gaiman que ganhou o Prêmio Hugo e Nebula em 2002 (os dois são prêmios entregues para melhor trabalho de fantasia e ficção cientifica do ano). Este livro foi uma indicação do +Anderson Gonçalves Ernesto, um amigo do qual é muito parceiro que na verdade me comprou o livro e ainda não paguei por eles (foi um pacote de livros do Gaiman).
+Anderson Gonçalves Ernesto muito obrigado pela indicação e proporcionar minha acessibilidade ao livro e assim que eu puder eu quito minha divida contigo! Abraço meu caro!
Já a anos, roda boatos na internet que a HBO estaria pensando em transformar as paginas de Gaiman em um serie de TV, ou uma mini-Série, o que eu ainda espero ansiosamente, e falando nisso, já faz um tempo do qual não vejo falar mais nada a respeito dessa série.
Imagem utilizada na propaganda da HBO a respeito do possível
seriado de "Deuses Americanos"

ATENÇÃO! tentei falar sobre o que vi no livro (meu ponto de vista e minhas reflexões pessoais) então isso é algo que irei escrever foi algo pessoal meu e tentei ao máximo falar do livro sem denunciar qualquer elemento que estrague a diversão da leitura.

O livro tem como protagonista Shadow, um rapaz grande, forte e resguardado, este foi preso por alguns "probleminhas" e que vai sair mais cedo da cadeia por boa conduta. A partir dai que inicia-se uma estranha aventura.

Como de costume de Gaiman, o livro vai ter muita fantasia mesclada à realidade, e nada parecido com historinhas da Disney é tudo com um ambiente "dark" por assim dizer. E o bacana do livro é que ele tem todo um contexto filosófico além da leitura inteiramente envolvente.

Como disse, em aspectos filosóficos, o livro apresenta um "confronto" um "jogo de insultos" só que bem mais perigoso entre os antigos deuses e os novos deuses. Gaiman mostra como os Estados Unidos se tornou uma terra sem deuses, ou melhor, de vários deuses. Já vou explicar, Os Estados Unidos era povoado por indígenas, o que não é segredo para ninguém e com o tempo foram chegando vários outros povos para morarem no novo continente, e trouxeram com eles sua cultura, suas tradições e claro, suas crenças. Mas o tempo passou e essas crenças foram perdendo seu vigor, em contraposição novos deuses surgiram, entre eles a Media, Tecnologia, entre outros.

Ou seja, o contexto básico é uma batalha de deuses que estão sendo esquecidos por outros que estão sendo supervalorizados, porém, com um tempo de adoração curta e superficial.

É interessante que Gaiman acaba ressaltando de certa foram que as pessoas estão deixando de dedicar tempo às suas raízes, tradição, cultura e religião para dedicar mais tempo à TV, internet, computadores, carros, dentre outros.
Shadow e Wednesday
Notei também que ele mostra que de certa forma a forma de cultuar deuses antigos e novos não mudou em nada, foram apenas mascaradas. Ele faz uma comparação a respeito de sacrifícios ofertados, como no caso das mortes dedicadas à Odin em campo de batalha e as mortes ocorridas em acidentes de trânsito, no caso para o deus Automóvel. Enfim, achei esse, dentre outros, lances do Gaiman de fazer esse paralelo de destacar coisas do nosso cotidiano que tomam o tempo de nossa vida, de nossa dedicação de forma relevante a ponto de se tornar algum tipo de devoção.

Mas admito que terei que ler mais uma vez (ainda não sei quando) mas pretendo ler novamente essa obra magnifica, pois acredito que não absorvi tudo que o autor nos mostra, pois ele o faz de forma muito sutil. E claro que para você que pretende ler, provavelmente vera outras coisas que me passaram despercebidos na minha primeira leitura.

Para quem gosta de adulta de fantasia obscura com uma história envolvente fika a dika! - Gaiman não tem travas na língua e usa um vocabulário bem escrachado.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A/C dos Mestres - Criação de cidades medievais

Saudações! e mais uma vez sejam muito bem vindo a minha humilde toca!

Antes de mais nada, gostaria de me desculpar por me ausentar por toooodo esse tempo de minha aconchegante toca!
Houve o período de festas de fim de ano e nos últimos dias estava preparando material e terminando de ler um livro (e já iniciei outro) então em breve terei mais sugestões de livros aqui!!


Hoje será um post focado a um grupo especifico de jogadores de RPG: Os Mestres.

Irei compartilhar alguns poucos xp´s que tenho em criação de cidades medievais. Irei citar alguns tópicos para a criação mas não irei descrever todos eles... caso alguém tenha alguma dúvida ou precise de uma ajudinha para os outros tópicos, mande-me um e-mail: atocadocoruja@gmail.com ou comente no post estarei respondo assim que possível.

Não pretendo me estender demais nessa matéria entrando em detalhes de todos os terrenos... pois assim o post de hoje ficaria enorme. Hoje só estou dando uma ideia de como se pensa, qual a linha de raciocínio para a criação de uma cidade.

Como tenho maior familiaridade com bom e velho "medieval fantasy" é por onde eu irei começar com as dicas para narradores e mestres.
Em breve estarei colocando como criar cidades em WoD (World of Darkness) e farei uma pesquisa (pois ainda não sei) de criação de cidades high tech no estilo de Cyber-punk.


Sem mais delongas vamos dar inicio a um conteúdo.

A/C dos Mestres.

Bom, não sei vocês, mas para mim é dentro dos grandes muros de pedras que grandes aventuras acontecem, não que o que ocorra fora deles sejam de menor importância, longe disso. É que muitos jogadores tem uma certa fobia de atravessar os portões de ferro (ou madeira) que guarda uma grande cidade ou reino, devido a guarda local, a ordem, desconforto, enfim. Já para alguns mestres, o receio está em não saber explorar possíveis aventuras dentro dessas áreas "urbanas". As cidades ou até mesmo pequenos vilarejos podem proporcionar grandes aventuras se forem bem exploradas. Penso que o segredo disso está exatamente em sua criação, no momento de forjar a cidade, quanto mais detalhes, e mais histórias maior serão as possibilidades de aventuras e tramas que podem ser usados para envolver os jogadores.

Não se esqueçam que as cidades também são lugares para os nossos aventureiros reabastecerem suas energias e suas bagagens, se eles almejavam chegar à cidade para dormirem em uma cama confortável, banharem-se em águas aquecidas, curar seus ferimentos, alimentar-se bem, divertir-se com alguma rapariga, enfim. De um tempo para os jogadores... Claro que essas formas de descanso ou diversão podem gerar uma aventura que poderá gerar boas risadas. (mas a respeito de ganchos de histórias e aventuras, falaremos em outra oportunidade.)

 Então... mãos à obra!

TERRENO.

Antes de mais nada devemos pensar em que tipo de terreno está localizada essa cidade. O terreno pode moldar a estrutura inicial da mesma, seu funcionamento.

Qual terreno esta cidade está estruturada? Em que tipo de solo ela será edificada?
Essas perguntas simples, podem nos ajudar muito a criar nossa cidade, aldeia, fortaleza ou seja la o que for.
Elas já pré-definiram outras tópicos para a estrutura cultural, financeira, militar, dentre outros. Dos quais veremos em breve.

Tipos de terrenos:

Montanhas
Florestas
Planícies
Pântanos
Subterrâneo
Aquático
Aéreo
Abismos


MONTANHAS

Minas Tirith
 O terreno montanhoso traz muitas vantagens, como a fortificação, um castelo, fortaleza ou até mesmo uma cidade está muito mais firme e fortificada quando estão sobre rochas, se tornando quase impossíveis de serem levadas abaixo quando está, fora esculpida/forjada na própria montanha. Outra coisa que já possivelmente teremos definidos, seriam a alta circulação de minérios, como consequência, já temos a base financeira de nossa cidade, que pode ir desde ao minério de ferro, até pedras preciosas, ou quem sabe um tipo de especial de ferro, enfim., possivelmente também a fauna e flora, ou seja, penando de forma mais básica, animais típicos de montanha, podemos ter Lhamas, ou Bode da montanha, falcões, se pensarmos em algo mais fantasy, podemos pensar em Águias gigantes, Grifos, entre outros. Aqui estou dando exemplos, os narradores tem que ver o que fica melhor e o que ira encaixar e explorar cada um desses tópicos ao máximos, e não se espantem caso os jogadores utilizar de um de seus elementos de cenário que irá reverberá em sua cidade de forma significante... pelo contrário, isso será ótimo! O terreno também já define os possíveis climas locais, montanhas por exemplo são normalmente gelados e secos. Mas nada impede que suas montanhas sejam diferentes, mas lembre-se.... crie um porque dessa diferença, isso enriquece a história da cidade melhorando a qualidade do cenário e das aventuras.
Questão de estrutura, a criatividade é o limite!
Masyaf - Assassin´s Creed
Cato Neimoidia - Star Wars Unleashed 2


FLORESTAS

Uma cidade pode muito bem "florescer" em meio a uma densa floresta. Um povo, ou uma raça (alguém ai disse elfos?) optaram por se esconder nas florestas, morar em meio a ela e usufruir do que ela tem à oferecer. Esse exemplos de motivos básicos para o inicio de nossa cidade, é muito interessante ela ter um histórico, um background, isso a tornara mais real, com mais conteúdo. A estrutura pode ser no solo utilizando as raízes e troncos como parte da cidade, parte da estrutura, ou ela pode estar nas copas das arvores. os galhos, podem se tornar pontes e passarelas. Uma cidade que está acima da vista dos viajantes e oculto dos olhos de quem sobrevoa, pode ter algo a esconder. Pense bem nisso, além de ser uma ótima historia para a criação de sua cidade ou até de seu mundo, isso pode vir a se tornar uma campanha muito emocionante.

Carta de terreno floresta do card-game: Magic The Cathering


Certo. Nossa história pode começar com um ataque em um reinado, que devido a uma traição. Membros fiéis ao rei incluindo alguns arqueiros de elite (Rangers) seguem com ele para uma fuga, devido a larga experiencia de sua escolta o plano fora bem sucedido dias intermináveis de viagem os levaram as entranhas de uma bela e imensa floresta, que com o tempo se transforma em abrigo.
Os Rangers com seu imenso conhecimento da natureza e com a ajuda de seus companheiros de fuga dão origem a belas e fortes cabanas de madeiras nas copas altas e frondosas das arvores imponentes.

Carta de terreno floresta do card-game: Magic The Cathering
Bom.. esse foi um exemplo bem básico e muito enxuto de um poque que uma cidade na floresta fora criada. A partir dai pode-se definir os fundadores, o tipo de exercito, o exercito pode ser composto de arqueiros, rangers, guerreiros de armaduras leves, especialistas em armadilhas e substancias como veneno ou alucinógenos. Sua renda pode vir de saques de viajantes ou de serviço de escolta, uma planta rara medicinal pode ser vendida pelos seus mercantes em cidades comerciais, pele de animais, enfim, as possibilidades podem ser inúmeras, isso só vai depender da sua imaginação, mas lembre-se: Quanto maior coerência, melhor fica o cenário.


Certo. Como vocês já viram, o terro deixa pré-definido vários tópicos, como esse que iremos tratar.

Cidade flutuante desconhecida.
Renda financeira da cidade é algo muito importante, pois isso define o nível dela em vários aspectos, se uma cidade tem rochas, montanhas a sua disposição possivelmente ele desfrutara de metal para armar seus guardas, seus cavaleiros, arqueiros e provavelmente haverá a possibilidade de exportar essa matéria prima, dando vida ao que sustenta a cidade. Mas não precisamos nos limitar a isso, plantações em pequena ou média escala, podem ser cultivadas para consumo interno, comercio, assim como a criação de animais para ajuda na lavoura, alimentação, produção de roupas. Se a cidade for portuária a pirataria é um ramo muito lucrativo. Como vocês podem ver as possibilidades são várias.

Nota-se que com a localização, temos o cultivo de alimento e domesticação de animal pré-determinada, que por consequência já ajuda na confecção da roupa do povo local. (algodão, pele de animais, etc.)

Depois de tratarmos do dinheiro corrente desta cidade, veremos por quais veias e artérias que o sangue metálico do dinheiro corre para manter sua cidade viva. Iremos criar lugares de prestações de serviços, edificações, uma cidade composta apenas de tavernas seria muito estranho.

Para tal tarefa estarei deixando a disposição de todos uma lista da qual eu criei para me guiar nas minhas criações é algo simples e fácil, mas que poderá ajuda-los assim como me ajuda.


Edificações:
=> Castelo
=> Escolas
=> Bibliotecas
=> Tavernas
=> Estalagens
=> Forjaria
=> Estábulos
=> Museu
=> Casa de Cultura (o que seria isso? em suma, um centro onde garotas e garotas aprendem bordados, artesanato, pinturas, caligrafia, enfim, nesse espaço poderá haver eventos como exposição de pinturas e coisas relacionadas a arte.)
=> Palácios
=> Templos
=> Cemitérios
=> Casa de recuperação (hospital)
=> Armazém
=> Casas nobres (casas mais suntuosas, pertencentes a mercadores ou famílias consideradas nobres, parentes do rei ou membros da corte)
=> Bazares (área de comercio intenso. "Camelôs medievais".)
=> Termas (Casa de banho)
=> Hospedarias de Caravanas (estalagens bem maiores que as habituais)
=> Bairro dos mercadores. (shopping medieval)
=> Masmorra, Cala-bolsos, Prisão.
=> Casa de ervas (poderíamos comparar à uma farmácia)
=> Casa bancaria.


É claro, são todas opcionais, isso pode variar com o tipo e o porte da cidade que você esta pretendendo criar.

Bom... a única coisa básica que falta, é a população, povoar, mas a população também PODE (não é regra) ser pré-determinada com terreno e clima da cidade. É claro, mas me refiro aos NPC´s.
É claro que isso pode dar trabalho, mas não há gloria sem sacrifícios. Mas calma, é mais fácil do que aparenta.
Podemos começar criando quem é o rei e sua corte. um pequeno background pode dar mais vida ao npc tornando-o mais esférico ao invés de ser apenas "mais um" boneco. As pessoas que a cercam nos corredores suntuosos de seu castelo, também podem ter histórias. Um rei bobo que é manipulado por sua rainha ambiciosa, ou seu irmão planejando sua morte para tomar trono. Um rei tirano, mão de ferro pode gerar revolta de sua rainha e seus filhos, e claro... da população, grupos de rebeldes podem ser formados com membros habilidosos tramando a morte do rei.
Assim que definir quem comanda a cidade, já teremos uma ideia do que o povo pensa sobre onde mora, e suas possíveis atitudes perante seu governo.


Toda grande cidade tem um trambiqueiro, ambiciosos que sabe muito e pensa pouco, uma velha bruxa que os jogadores descobrem morando de forma isolada pode se tornar um forte contato.
Donos das principais tavernas, estalagens, forjarias e assim aos poucos sua cidade estará tão viva quanto a que você vive. Depois... se caso você não o tiver feito, ligue eles em uma teia de contatos e VOILÁ!



Bom galera, é isso por hora. Espero ter ajudado com mais esse Papo de Mestre, falando a respeito da criação de uma cidade, aldeia, vilarejo, enfim.... Torno a repetir, aqui dei umas idéias bem simples, de maneira bem enxuta. Já no clima do dia das crianças, com diria Capitão Planeta: "O PODER É DE VOCÊS!!!!!"



Abraços a todos!