sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

HQ Hellblazer

Saudações! E sejam novamente bem vindos a minha humilde toca!

 Hoje iremos tratar de filmes relacionados a HQ´s (histórias em quadrinhos), literatura da qual eu aprecio muito. Claro que tenho minha preferencia por livros, mas HQ´s são fantásticas.


Final de semana passada eu estava com meu irmão sem fazer nada... ai resolvemos assistir filmes e me veio a cabeça a sugestão de revermos o filme "Constantine". Para quem já viu o filme, vai concordar comigo que suas cenas de ação, como já esperado, ficaram muito boas, mas claro que não agradou a todos e na verdade gerou um pouco de revolta para os fãns de John Constantine, em relação ás HQ´s.

 Para quem não sabe, o filme fora baseado na HQ da Vertigo DC Comincs com o nome de Hellblazer, que conta inúmeras aventuras de Constantine no decorrer de varias edições, sendo assim a HQ detalha a vida de merda que John tem por ser quem ele é. Coisa da qual o filme não retrata com tal profundidade. (Isso é claro! Na minha opinião. Ha quem se opõe.) É fato que não culpo a galera que foram responsáveis pela produção, a questão de ser um "filme" começo meio e fim pesa muito nesse aspecto.

Um fato curioso que veio ao meu conhecimento a pouco tempo é que a personagem John Constantine fora criado, meio que por "acidente".

"Steve (Bissette) e John (Totleben) disseram: Não podemos ter Sting em algum lugar nessa história? Nós trocávamos muitas correspondências, fazendo circular uma serie de ideias realmente boas. Steve e John me mandaram recortes sobre psicopatas, e entre outras coisas, queriam desenhar Sting nessa historia. Pensei: Bem podemos fazer isso tudo caber num contexto. Este o grande quebra-cabeça intelectual que motivou a série American Gothic. (Monstro do Pântano 1 a 8), uma tentativa de encontrar uma maneira de encaixar Sting numa historia. Estou satisfeito pela maneira como tudo acabou e tenho bastante orgulho de John Constantine. Ele se tornou algo muito mais importante do que o Sting do Monstro do Pântano."
Alan Moore



As aventuras de John não se limitam apenas na mente extraordinária de Alan Moore, podemos encontrar John em algumas HQ´s escritas por Neil Gaiman. quem aprecia as obras do Gaiman, vão confirmar quando digo que ele é um ótimo.
Até onde eu conheço de HQ´s (que é muito pouco. Comecei a me interessar por HQ´s agora, não sabia que havia historias em quadrinhos tão fascinantes como estes.) John aparece em Sandman e Livros da Magia.

Mas em outra matéria estarei falaremos mais de Gaiman e suas obras. No momento vamos nos focar a Alan Moore e Constantine.

Antes de mais nada, vamos falar um pouco de Alan Moore. Alan é escritor britânico de histórias em quadrinhos, nascido em 18 de novembro de 1953. Era de uma família pobre, logo, teve problemas em sua infância acarretadas pela sua posição social.
Aos 18 anos de idade não possuía formação e nem emprego. Foi quando começou a trabalhar na revista Embryo , resultado de um projeto com os amigos, esse período resultou em um casamento e duas filhas.

Em 1979 trabalhou como cartunista para uma revista musical chama da Sounds, escreveu e desenhou uma historia de detetive chamado Roscoe Moscou da qual Moore não achou satisfatória suas habilidades como desenhista, se focando apenas em escreve-las.

As primeiras obras da qual Alan Moore contribuiu foi para  Doctor Who Weekly, 2000 A.D. Mas foi na revista Warrior que Moore recebeu o titulo de melhor escritor de quadrinho, com as obra de V de Vingança e Marvelman ou como é conhecido nos USA Miracleman.
Para a DC Comics escreveu Monstro do Pântano, dando ao escritor reconhecimento americano de seu fabuloso trabalho, e durante a sequência dessa série eis que surge John Constantine, que posteriormente ganha sua história na série Hellblazer.
Moore também escreveu a consagrada Batman - Piada Mortal, que faz uma releitura muito mais "doentia" do Coringa. Wathcmen, Aliga Extraordinária, dentre outros.
Em poucas palavras Alan Moore é um ótimo escritor, tudo que for produzido por ele é de confiança.

Agora vamos falar de John Constantine. Ha varias definições para Constantine, mago, exorcista, demonologista, enfim... Mas uma coisa é certa, John é um tremendo "filho de uma puta". Amigável a primeira vista, mas nada confiável, esbanja arrogância e costuma ser indelicado em qualquer lugar com qualquer pessoa, humano ou não, Constantine é o tipo de cara que só te ajuda a salvar o mundo, porque sabe que se isso acontecer, a pele dele obviamente estará inclusa nessa historia toda. Sempre é visto com um cigarro Silk Cut na boca e enchendo a cara pelos pubs (bares) de Londres, fez um acumulo indubitavelmente maior de inimigos do que amigos, tanto no céu quanto no inferno. Nunca ajuda ninguém sem deixar claro que em um futuro incerto, irá cobrar que é seu de direito.
O seu sorriso cínico e sarcástico estampado em seu semblante onde quer que esteja, é resultado da vasta experiencia e conhecimento que John carrega em sua perturbada mente.

No filme isso fica retratado de uma forma muito superficial (para quem acha que no filme retrata bem isso, experimente ler algumas HQ´s.) o fato de ele fazer o auto-sacrifício para salvar a alma da garota e tudo mais, foi uma adaptação mais ou menos da história original. Que na minha opinião é muito mais engenhosa e bem mais a cara de Constantine.

Atenção! as linhas seguintes contém spoiler de Hellblzer. Se você não quer saber então sugiro que não leia.
Mas para quem não se importa: saiba a verdadeira versão de como Constantine se livra do câncer do pulmão.

ele invoca dois senhores do inferno (pois na época, o inferno era um triunvirato), e vende sua alma para cada, sem o outro saber. Toma seus últimos goles de uísque e passa a navalha em seus pulsos.

Quando o Lucifer, o primeiro dos senhores do inferno, aparece para levar a alma de Constantine, ele se encontra em um impasse. O segundo e o terceiro também tem direitos devido a contrato pela alma dele. Os três são impelidos pelas leis demoníacas a obterem a alma de Constantine, mas seria uma batalha sem vencedor. Todos seriam destruídos e a guerra seria facilmente vencida pelas hostes angelicais.
Dessa forma, a única escolha dos três é manter Constantine vivo. Em uma cirurgia demoníaca, eles curam o câncer de John, da forma mais dolorosa possível. Mas nem isso impede Constantine de fazer o que faz melhor: pagar de fodão quando está por cima.


Espero que tenham gostado de mais uma dica de leitura. Um pouco diferenciada, claro. Mas para quem gosta de histórias ricas e detalhadas e tramas vertiginosas e envolventes, fica ai a dica!

Qualquer dúvida ou sugestão, comentem. E até a próxima visita!!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Despertando

A água choca-se contra o rosto do jovem. As gotas remanescentes em sua face apressam-se para
encontrarem a superfície amarelada da pia. Levando a mão em direção a toalha velha, o jovem enxuga seu rosto, encara o seu reflexo no manchado espelho por um momento. Aquele ato de esforço poderia prolongar sua atenção por mais alguns minutos, o relógio já marcava 3:12 AM e nada das costumeiras cenas de sexo selvagem e depravado que a vizinha do prédio ao lado costumava dar nas madrugadas de sábado. “O que deveria estar acontecendo?” pergunta ele ao seu reflexo em voz baixa para não acordar sua mãe e seu padrasto.
            O sono e a exaustão erradicaram-se, a expressão de cansaço que Brandon trazia foi substituída por uma de incredulidade e espanto, ele não poderia acreditar no que estava vendo. Talvez fosse o acumulo de trabalho, varias horas no computador e outras mais escondidas no beiral da janela com um binóculo poderiam ter resultado aquilo, ou quem sabe os cigarros de maconha estariam cobrando o percentual de sanidade que lhe era de direito. A imagem do espelho estava ondulando, mais somente o fundo desta, o reflexo do garoto permanecia inalterada, exceto pelos movimentos da qual Brandon fazia. Ele se vira rapidamente para verificar o que via no espelho, parecia tudo estar normal, então novamente ao espelho, a imagem ainda ondulante do banheiro que se segue atrás, o espelho refletia o ambiente cinza, sem vida, as paredes estavam cobertas de uma espécie de lodo negro, baratas caminhavam em grande quantidade por cima daquela imundice, ele podia sentir a amargura, o rancor naquele local que era ainda pior do qual ele se encontrava realmente, por um momento ele ate pode desfrutar do cheiro forte de esgoto, o odor pútrido de animais em decomposição mesclado com o forte cheiro de baratas, e isso fez com que seu estomago evocasse o que ele havia comido no jantar. Era algo repulsivo. Ele corre até seu quarto, atravessando o apartamento coberto em penumbra e cheio de obstáculos. Somente a rua lhe dava sem abundancia luzes amarelas para que ele não tropeça-se nos moveis. Ao alcançar o seu refugio pessoal, um quarto pequeno, como o esperado de um de um jovem de 17 anos de classe baixa morador do Broklin. Brandon pula em sua cama revirada, pega o seu maço de cigarro e o isqueiro em uma gaveta em seu criado mudo, acende rapidamente, ainda tremulo pela visão que desfrutara a pouco, limpa nos braços o resto de vomito que ainda se prendia ao redor de sua boca, logo em seguida um trago é retirado do cigarro para acalmar-lhe os nervos e tirar o gosto indesejado da macarronada de sua mãe banhada em suco gástrico. “O que era aquilo?” “O que significava aquilo?” Brandon se bombardeia de perguntas, “Drogas?” Mais algo o chama atenção na janela, e não era a depravada vizinha com as mãos espalmadas na janela de seu quarto com o seu amante por traz, em uma demonstração de sexo explicito.
            No poste da calçada do prédio ao lado, um homem de cabelos escuros e bagunçados, trajando uma calça social preta, uma camisa branca, gravata da cor da calça, passada de maneira claramente desleixada, e um blazer preto, que lembrava bem o estilo “Constantine”. Escorado a ombro e pernas cruzadas de maneira a formar um “4” o rapaz fumava um cigarro. Do modo com que ele observava a janela do garoto ele transmitia uma grande impressão da qual fitava os olhos do jovem de forma profunda, o garoto sentia medo e curiosidade. O medo era obvio o motivo de sua origem, mas e a curiosidade... de onde vinha? Brandon se perguntava o que ele queria. Um ladrão talvez – pensa ele – bobagem – interrompe a cadeia de deduções que o leva a pensar isso. Era mais possível a hipótese de ser um assassino psicopata, a maneira como ele se veste, a calma e seriedade em seu rosto, de acordo com os livros e os artigos da internet, isso era o mais provável. Não podemos descartar a idéia de ele ser o namorado da vadia do apartamento 302 do Ed. Norman, afinal ele estava na calçada dela. “Se ele for mesmo o namorado dela, o cara que ta fudendo ela nesse momento poderá ter bastante encrenca, assim como ela” pensa ele de forma a aliviar sua tensão, agora já amenizada pelo cigarro. Sendo assim ele volta sua atenção para os lençóis torcidos de sua cama, a única fonte de luz que brota da escuridão causticante de seu apertado quarto ambientado com densas nuvens de fumaça era a do monitor de seu computador. De cabeça baixa, perna esquerda dobrava de forma a criar um apoio para sustentar o braço que trazia o cigarro entre os dedos, e com a outra esticada sobre a cama, ele descarrega parte do peso que parecia carregar nas costas na cabeceira de sua cama, então aprecia o acalento de seu coração.
            “Já consegue ver?” um pensamento estranho e sem sentido passa por sua cabeça de maneira involuntária, e novamente o sossego do coração do jovem se esvai. Que diabos foi isso? – Pergunta Brandon a si mesmo. – Primeiro aquela visão no espelho do banheiro, depois a figura enigmática do homem, que por sinal ainda não saíra de seu posto, agora pensamentos involuntários. Então novamente, “já pode ver realmente?” Brandon percebe que não eram pensamentos, era alguém que estava em sua mente. Rapidamente sua atenção é voltada para o rapaz escorado no poste, a luz que jorrava sobre ele, falha umas três vezes enquanto ele deixa seu cigarro atingir o chão, sobre sua atenciosa observação, a brasa some sob a sola de seu sapato de couro preto e gasto enquanto o mesmo assume uma postura ereta, calmamente retorna com seu olhar penetrante à janela do garoto, puxando de lado o blazer o estranho coloca sua mão direita no bolso da calça, e começa a caminhar em direção ao prédio do jovem.
            Acordar sua mãe e seu padrasto estava fora de cogitação, o desgraçado do Jack era um alcoólatra violento, bebe todas as noites e fica agressivo, e quando se sente contrariado, sempre usa da força e se caso ele viesse acordar o cretino não hesitaria em usar dela como sempre faz. A porta estava fechada, apenas os moradores do prédio tem a chave para entrar no edifício, o que deixava o garoto acomodado em sua parcial tranqüilidade. Com o dedão, Brandon provoca a queda da cinza do cigarro no cinzeiro que localizava-se no beiral da janela, puxa um ultimo trago antes de apaga-lo mergulhando-o em meio as cinzas e se levantar rapidamente de forma que torcera ainda mais o lençol de sua cama, ele consegue dar três passos quando escuta. – Jovem desperto. – A voz vinha de suas costas, ou seja, da janela que ficara sobre a sua cama, Brandon sente seu sangue congelando e fervendo em suas veias ao mesmo tempo, seus músculos paralisam-se a saliva desce com sufoco pela garganta, e o gosto de vomito que ainda persistia na boca era ainda mais incomodo. – Não tenha medo garoto, estou aqui para te ajudar a lidar com isso. – Aos poucos parece que Brandon recuperara seus movimentos, as pernas já mexiam, e ele ate pode sentir o ar enchendo-lhe os pulmões novamente, ele então vira-se cautelosamente. – Quem é você? – Quase inaudível a voz do adolescente arrasta-se pela nevoa do quarto. O Homem que encontrava-se sentado na janela dirigindo-se para dentro do apartamento a acomodar-se na cama do “anfitrião”. – Me chamo Nickolas, Nickolas Thompson. E você? Como se chama? – Afastando-se de costas, ele responde. – Bran... Brandon. Como chegou aqui? Porque esta aqui?.. – Gagueja o garoto. – Calma, uma pergunta de cada vez. Posso lhe afirmar que todas as suas atuais e futuras duvidas serão esclarecidas. – Tira do bolso direito da calça um maço de cigarro, da algumas palmadinhas com os dedos fazendo com que alguns cigarros saltem para fora e pega um com boca. – Quer um? Vai ajuda-lo a relaxar. – Oferece ao garoto estendendo-lhe a porcaria, mas o garoto recusa com um aceno de mãos e pega o maço que caíra no chão com o susto. – Então... – O estranho invasor estala os dedos e uma pequena chama explode na ponta do cigarro fazendo com que ela se acenda. – Vai ser estranho todo esse assunto de inicio, mas não vai demorar a entender, afinal você esta despertando, e já deve estar sentindo isso. Mas venha, vamos dar uma volta, e eu lhe explicarei tudo, cada detalhe... – Nick o envolve com um dos braços como quem envolve um amigo, dois tapinhas nas costas encoraja o garoto a seguir aquele estranho, Nickolas acena em direção a janela, linhas de prata começam a deslizar pela superfície do vidro das periferias para o centro formando algo que lembrava mais uma teia de aranha, quando estas se encontram concluindo os trajetos disformes o vidro se parte em vários pedaços, suspensos no ar eles abrem caminho para a passagem. Ambos alcançam a parte de fora flutuando, de maneira calma e controlada, o jovem olha para traz para observar a sua janela toda despedaçada que agora remontava suas peças como se fosse um quebra-cabeça sendo resolvido de maneira magistral. Eles atingem o chão suavemente, Brandon olha em todas as direções para verificar se alguém presenciara aquilo, mas as ruas pareciam estar vazias, sem drogados, nem traficantes, muito menos policiais, destes, podiam se escutar apenas as sirenes ao longe. – Vamos, a noite esta boa para uma caminhada e batermos um papo. – Ainda em silencio o garoto segue, sem saber o porque, mas confiava nele, não era de hoje que ele se sentia diferente, e aquele homem parecia ter respostas para as suas diferenças.
Nickolas inicia sua conversa instrutiva para o atencioso garoto enquanto ambos são engolidos pelas sombras das ruas da selva de concreto e ferro que os circunda, cada qual com seu cigarro...
– Antes de mais nada deves saber que a realidade pode ser moldada, e somente os Despertos o podem fazer...

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Assassin´s Creed - Renascença

Saudações! E sejam novamente bem vindos a minha humilde toca!

Para os amantes da magia da leitura, tenho uma - na minha humilde opinião - fabulosa dica, me refiro a "Assassins Creed - Renascença". Deve ser raro as pessoas que nunca ouviu falar nessa fantástica franquia iniciada pela Ubisoft, mas nunca se sabe o quão dispostas as pessoas estão a nos impressionar. Mas enfim. Penso que, foi uma ótima ideia de transformar o jogo Assassins Creed em uma obra literária, pois para muitos que já se aventuraram na pele, ou melhor dizendo, nas memórias genéticas de Desmond Miles, sabe mais do que ninguém que todo o enredo de ficção sutilmente misturado ao contexto histórico da humanidade ficou fantasticamente envolvente. Pois, os arquitetos dessa série não se contentaram em utilizar-se apenas de um pano de fundo de forma superficial. Eles ativeram-se aos mais sublimes detalhes, que vai desde cidades históricas até personagens reais.

Pretendo lhes falar mais sobre os outros livros de Assassins Creed, pois infelizmente li apenas o primeiro da série: "Renascença" (que inclusive fora um presente dado por meu irmão +stevan idogawa. Fica aqui meus agradecimentos Zé!), que é o que irei retratar hoje, então deixe que eu compartilhe de meu encanto por esse livro, pois se for para eu ficar falando de Assassins Creed em geral, me estenderei por demais.

Anton Gill - Oliver Bowden
Todos os livros da franquia Assassins Creed são escritos por Anton Gill, que assina com o pseudônimo de Oliver Bowden. Já que revelei a identidade secreta do nosso escritor, vamos falar um pouco mais sobre ele. Anton é historiador e escritor inglês, nascido em Ilford, Essex em 1948 e é filho de mãe inglesa e pai alemão. Vive atualmente em Paris, França.

Oliver Bowden escreveu várias adaptações literárias da série Assassin's Creed. Estudou em Chigwell Scholl e no Clare College, antes de tornar-se escritor, trabalhou em teatros, especialmente no Royal Cort Theatre em Londres, no Conselho de Artes e na emissora de televisão BBC.

Possui uma vasta gama de obras publicadas no âmbito histórico e especializou-se em História Renascentista.

Acho interessante ressaltar que em uma entrevista de Bowden com a UbiWorkshop, o escritor revelou ser um ávido jogador e adquiriu muito de sua inspiração para o desenvolvimento do personagem ao longo do processo de composição jogando a série Assassins Creed.


Como já é de meu feitio, não gosto de dar spoiler sobre os livros para não tirar a graça de quem está querendo ler. Mas acredito que a maioria das pessoas que pensam em ler esses livros, já no minimo tiveram contato com o jogo antes.

Mas se vocês acham que pelo fato de terem jogado Assassin´s Creed II o livro não ira surpreender em nada, estão muito enganados! Ao iniciar a leitura de Assassin´s Creed Renascença eu imaginei que nada me surpreenderia nas paginas a seguir. Nunca estiva mais engado.

Bowden não da apenas uma forma mais literária para o jogo, como também transmite como foi vertiginoso para Ezio passar pelas suas deturpadas experiencias que o levaram a se tornar um dos maiores nomes na Ordem dos Assassinos.
No jogo, como estamos tomado pela empolgação de estar interagindo, pensando no nosso sucesso mediante às dificuldades imposta a nós, empolgados com todo gráfico apresentado pela Ubisoft, ou seja, toda ação, poucos são os que param para pensar em como o protagonista de nossa história está se sentindo diante dessa turbulência de eventos.

Em uma noite Ezio é seguindo filho mais velho de um banqueiro da cidade de Florença, como todo playboy, filhinho de papai, não pensa muito no dia de amanhã, torra a grana do pai, adora se meter em brigas e confusões e sem sombra de dúvida viciado em rabos de saia. Quando uma cadeia de eventos se desenrola de tal forma que faz com que literalmente de uma dia para o outro, Ezio descobre que existe uma guerra secreta sendo travada pelo poder do mundo e que agora ele foi tragado por esse redemoinho, e a unica forma de ficar vivo é abraçando essa causa sem medo e sem olhar para traz (tanto é que ele não tem outra opção).
O livro apresenta exatamente dessa forma a mente de Ezio. Fica bem evidente que ele simplesmente vai sendo levado pelos acontecimentos sem ao menos ter tempo de digerir a ideia de ter seu pai e irmãos mortos, e que agora, ele mesmo está sendo alvo de uma organização poderosa e obcecada para dominar o mundo. E agora Ezio e a sua mais nova "família" (Ordem dos Assassinos) são as únicas coisas que estão entre os Templários e seu objetivo.

Ou seja, em uma determinada noite, tudo que Ezio tem a se preocupar é em beber com seus amigos, entrar no quarto de sua paquerinha, distribuir socos e ponta-pés em outros filhinhos de papai mimados e dane-se o resto porque papai da um jeito em tudo. E da noite para o dia, sua família toda é acusada de traição contra o Duque, caçada e morta (apenas mãe e irmã são poupadas) tudo que ele herda do pai são as vestes da Ordem dos Assassinos e o fardo de impedir os Templários dominar o mundo.

E para aqueles que acham que o livro segue a risca a história do jogo. Sinto muito em decepciona-los, mas não.... existe várias detalhes diferentes, inclusive o final!!!

Bom caros amigos!! Fica aqui mais uma dica de leitura do velho Mestre Coruja e espero que gostem! porque eu mesmo adorei!

Como já sabem, qualquer dúvida, qualquer dica, sugestão de postagem ou critica. comentem ou escreve para o e-mail atocadocoruja@gmail.com

Obrigado a todos por mais uma visita e até a próxima!!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Engines e Sistemas


Saudações! E sejam bem vindos novamente à minha humilde toca!


Em um passado não muito distante, desmistifiquei o RPG, revelei para vocês a sua origem e seus progenitores, e esclareci que o tal RPG nada mais é do que um jogo. Um jogo resultante de uma boa mistura de teatro, improviso, contar histórias, imaginação que resultam em muita diversão.

Mas ficou faltando uma coisa não é? Já que o tal RPG é um jogo, e todo jogo possui regras. Como funciona as regras desse jogo? Já que é tudo definido pela imaginação, pois, já que utilizamos a imaginação para definir os personagens do jogo, como sabemos o quão forte são? Como conseguiram executar tal ação?
Espero poder obter o exito de tirar essas dúvidas de vocês meus caros, como o fiz na postagem "O que é RPG?" (isto é, considerando que consegui eliminar suas dúvidas do que é o RPG)

Quando o assunto é regras entramos no que chamamos de Sistemas. Os sistemas são conjuntos de regras que definem o que pode ser feito ou não dentro do contexto da história do narrador. Cada sis

tema (como assim, cada sistema? - calma que já explico) tem uma ficha (é onde fica registrado o “nível” do personagem e o que ele está apto a fazer ou não.) para definir os sucessos e as falhas utiliza-se os dados. Os sistemas existem exatamente para não haver o que era comum em brincadeiras de “policia e ladrão” (se você já brincou disso, legal, vai entender rápido do que estou falando.... agora se não.... sinto muito por você meu querido!! Pois você não teve uma infância maneira e sadia!! P.S.: vou me conter aos comentários, dessa geração de precoces. -  Na brincadeira de policia e ladrão era típico a seguinte discussão:
“te acertei!!
– não!! Não acertou!! Eu fui mais rápido e desviei!!
– Logico que não!! Estou usando uma munição especial que atravessa parede!!!

Como podemos ver acima, a discussão não tem fundamento, ninguém tem predeterminado que tipo de munição, ou qual a velocidade de cada integrante tem, ou coisa do tipo. (confesso que usei uma exemplo bem esdruxulo, mas é o exemplo mais claro desse tipo de conflitos por falta de regras.)

Sendo assim, fica claro que o sistema estabelece parâmetros nesses combates e nas ações dos personagens, se o ele estiver apto a fazer bem, se está registrado na ficha que o personagem faz, então ele pode rolar os dados para ver se conseguiu, se não, não! Mas se caso rolar os dados e atingir os resultados esperados, a ação descrita pelo jogador foi executada com êxito pelo seu personagem.

Essas regras, não são inspiração dos deuses... elas vem de grupos secretos, composto por membros altamente seletos e estão presente por todo o planeta. Provavelmente vocês já ouviram falar nesses grupos, eles se denominam... EDITORAS. São livros, tomos, suplementos, enfim, toneladas e mais toneladas de materiais que explicam regras, mundos, etc.

Agora vocês se perguntam, existem vários sistemas de RPG? E eu respondo: Sim, infinidades, inclusive até mesmo você pode criar um conjunto de regras (sistema) para você e seus amigos se divertirem. - Isso é muito comum acontecer, já que os livros possuem um alto valor no mercado.

Bom... vou utilizar o sistema mais conhecido e jogado para ilustrar e exemplificar melhor para vocês, falarei de modo superficial, pois em uma outra oportunidade falaremos de vários sistemas de uma forma mais profunda.

Começaremos com o “pai dos RPG” por assim dizer, o famosíssimo e mais jogado RPG do mundo o D&D (Dungeons & Dragons), como disse na publicação passada, o desenho conhecido no Brasil por “Caverna do Dragão” foi um jogo inspirado no RPG de mesa D&D, tanto é que o nome original é Dungeons & Dragons e o Mestre dos magos no áudio original ele se auto intitula como Dungeons Master (o famoso termo que usamos aqui para Mestre).
         

Mas depois desse momento cultura vamos ao sistema. D&D é um sistema baseado no que chamamos atualmente de Sistema D20, sua rolagem base é feita em D20 (dado de 20 lados) – O_o PUTS!!! Não falei dos dados!!! Whatever!! Falarei mais a frente. – ou seja, quando se faz um teste em D&D para acertar outro personagem ou executar qualquer outra ação todos esses testes são baseados em uma rolagem de D20.

Ex: nosso amigo quer que seu personagem acerte um golpe de espada em seu agressor. O personagem de nosso amigo, tem um “Bônus base de ataque” (se acham que irei explicar como chega a esse resultado... posso pensar se houver alguns depósitos bancários por fora ;) ) de “6” (seis) a CA (classe de armadura – esse é o valor para acertar o malandro) do agressor é de “14” (quatorze).
Logo o nosso amigo terá que rolar o D20 e adquirir um resultado que somado ao seu bônus base de ataque iguale ou supere o “14” da CA de seu agressor para que ele consiga acertar o seu inimigo. Teste de “pericias” para execução de ação seguem a mesma linha de raciocínio.

ATENÇÃO: Gostaria de deixar bem claro que expliquei aqui o funcionamento BÁSICO de ROLAGEM DE DADOS que define sucesso e falha das ações. Existe funcionalidade especificas de estratégia que variará de sistema para sistema.

P.S.: não estou fazendo propaganda ou apologia a D&D, na verdade de todos os sistema esse é o que eu menos tenho afinidade. (não estou criticando... eu só não tenho muita afinidade por ele mesmo) É que ele é realmente o sistema mais popular entre os rpgistas.

De uma forma muito simplificada seria isso, mais ou menos, dessa forma você define os sucessos e as falhas do que se procede nos jogos de imaginação.
         
Agora.... apresento-lhes... os dados!!!! Deleitem seus olhos!!! :D

Dados multifacetados
- D20
-D12
-D10
-D8
-D6
-D4



Espero realmente ter dado a vocês uma ideia de como é o funcionamento dos dados no RPG, pois explicar isso de forma sucinta e clara é um tanto complexa. Mas como já sabem e para quem não sabe,qualquer dúvida a respeito, comentem, ou se preferi, enviem um e-mail para atocadocoruja@gmail.com ficarei imensamente feliz em sanar tas dúvidas.

Obrigado pela visita! e até a próxima!


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Rangers: Ordem dos Arqueiros

Saudações! E sejam bem vindos novamente à minha humilde toca!

Hoje irei falar sobre livros, que por sinal também é uma grande paixão minha, já que também é uma forma de contar, ouvir e vivenciar histórias. Alguma semelhança com RPG? Não deveria ser por menos, foi o RPG quem me fez o convite à leitura. E agora sou apaixonado por livros, principalmente ficção/fantasia.  Então hoje estarei fazendo uma sugestão de leitura a vocês que assim como eu, são apaixonados pelo multiverso dos livros.

Os 11 livros da coleção Rangers: Ordem dos Arqueiros
Rangers: Ordem dos Arqueiros é uma série de livros do autor John Flanagan, que segundo informantes desta vasta terra chamada Internet, essa série teve inicio com “Rangers: Ordem dos Arqueiros – Ruinas de Gorlan" (Livro 1) e foi feita para o filho de Flanagan, que reclamava de ser pequeno e magrelo, não vendo vantagem alguma em seu porte físico, desejando ser maior e forte. Ao invés de dar um tremendo sermão no garoto, o paizão escreve uma série de livros que conta a história de um garoto chamado Will que assim como o jovem Flanagan era pequeno, magricela e desejoso de ter um porte mais avantajado, se torna um Ranger, uma espécie de arqueiro de elite que gozam de habilidades fantásticas e que devido às suas habilidades de furtividade, sua agilidade e destreza eram valia que não fossem vigorosos e fortes. Ou seja, nosso autor ensina de uma forma diferente e criativa que não era tão ruim ser pequeno e esguio, pelo contrario, assim como havia vantagens em ser grande e forte, Flanagan mostra ao filho (posteriormente ao mundo) as vantagens de ser desprovido de um vigor notório.

John Flanagan, nasceu em Sydney em 1944, escritor Australiano ficou mundialmente conhecido por sua obra prima Rangers: Ordem dos Arqueiros, que escreveu para seu filho, que com essa “brincadeira” acabou lhe rendendo conteúdo e trabalho que atualmente concluem em 11 livros.
Confesso que não li todos ainda, apenas os 3 primeiros (Ruinas de Gorlan; Ponte em Chamas e Terra do Gelo) mas estou ansioso para dar continuidade. – Outros livros e a faculdade não estão favorecendo muito – Até onde eu li, o autor aborda temas que giram em torno da adolescência, como relações sentimentais e drogas, (até onde eu li) o que eu acho legal e faz sentido quando você descobre que ele começou escrevendo os livros pensando no filho.
Os personagens são apaixonantes e vividos. Como o livro conta com uma série de ONZE livros você acompanha gradativamente a evolução e o desenvolvimento dos personagens, fazendo com que você fique familiarizado com eles.
Estarei falando um pouco dos personagens, vou me ater apenas aos principais, acredito que se eu falar de muitos, posso estragar um pouco a cerca da história e acabar com parte da graça da leitura, enfim.

Will – é um órfão que reside em uma espécie de orfanato das províncias de Redmont. Esses órfãos (Will não é o único) são mantidos dentro dos domínios do castelo do Barão Arald, o senhor responsável por esse feudo, que por sua vez está contido no reino de Araluen. O sonho de Will sempre foi se tornar um guerreiro e assim como seu pai, (do qual não chegou a conhecer, pois morreu lutando para proteger o feudo de Redmont) porem, o destino guarda algo mais instigante para o jovem garoto. De acordo com os costumes de Redmont, todos os órfãos que ao concluírem 15 anos, são avaliados e selecionados para ingressarem em uma das diversas áreas de serviço para o feudo. Devido ao seu tamanho e suas habilidades fora escolhido para ser um aprendiz do Ranger do feudo de Redmont: Halt.

Horace – é um outro órfão do mesmo grupo de garotos que Will, porem é exatamente o oposto de nosso protagonista se tratando de porte físico, mas compartilham do mesmo nível de honra, dignidade e coragem. No inicio a relação entre Will e Horace é um tanto conflitante, posteriormente os dois se tornam grandes amigos.
Halt – é o arqueiro responsável pelo feudo de Redmont. Um homem pequeno, misterioso, astuto e habilidoso, responsável pelo treino de Will.

Vou falar um pouco a respeito de Araluen, é um reino composto por 50 feudos, cada feudo possui um
Barão que ajuda o Rei a governar o reino cuidando cada um dos seus respectivos feudos. Araluen também conta com um grupo especial, uma espécie de grupo de elite, denominado Ordem dos Arqueiros, a Ordem é composta por 50 arqueiros, cada qual auxilia os Barões a cuidar cada qual de seu feudo. Os membros dessa Ordem, os rangers, pertencem a um grupo misterioso, eles possuem técnicas e habilidades a tal nível que as pessoas comuns do reino acreditam que eles possuem origem ou poderes sobrenaturais.









Bom... agora meus caros, deixo o resto para que vocês descubram desbravando as páginas dessa maravilhosa série, que encantou o mundo.
Desejo a vocês uma ótima leitura e até a próxima!